terça-feira, 2 de outubro de 2012

Peço a Deus Amor

Eu peço a Deus que me dê Amor.
 

No amor está a paciência que me falta, o perdão que necessito para mim e para todos, a fraternidade para lidar com quem convivo e me relaciono.
 

Peço a Deus Amor para abrandar minhas inquietações e reforçar minha fé ante minhas angústias e ansiedades.
 

Amor para ver com bons olhos e encontrar beleza aonde eu não consigo ver.
 

Amor para tolerar as faltas alheias e as minhas.
 

Amor para derreter o gelo da minha indiferença e acender minha compaixão.
 

Peço a Deus Amor para poder me ver por inteiro, virtudes e defeitos, e me amar mesmo assim.
 

Peço a Deus Amor que me tome por inteiro, cada ação, cada pensamento.
 

Porque quando tudo que eu tiver for Amor, Amor eu serei.

Paulo Bomfim - 02/10/2012

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A bela cafeteira




Há uma cena muito curiosa no filme “O resgate do soldado Ryan” que me veio à mente hoje. A equipe do sargento interpretado por Tom Hanks chega a um local de descanço. Enquanto os homens descansam, Tom Hanks conversa com outro soldado e, em meio às ruinas que se encontravam, ele descobre uma bela cafeteira.

Cheia de aparatos, adornada, com alças bem feitas e um brilho reluzente indicando ser fina e valiosa, ela chama a atenção de Tom Hanks, mas não por estes atributos, mas pela possibilidade de ali dentro, haver o que ela deveria conter na essência: café.

Com esse pensamento, Tom Hanks segue revirando-a, apertando isto e aquilo, levantando tampas, cheirando orifícios, se se ater ao cuidado que deveria ter com aquela peça, vasculhando seu corpo, mas em busca de sua alma. Depois de algum tempo, ele percebe que é inútil e, por mais bela que seja, ele a abandona, frustrado, insatisfeito.

Esta bela cafeteira me lembrou as diversas coisas que há na vida, cheias de beleza e promessas de entrega, sem que tenham conteúdo, sem que tenham alma e sem que possam entregar nada. Coisas que nos desviam dos caminhos que escolhemos pra nós mesmos, que nos afastam dos nossos objetivos pra nos encher de angústia e tomar nosso tempo.

E tantas são essas coisas... tantas! O celular, o carro que se quer comprar, a mulher ou homem que se deseja conquistar, as longas conversas infrutíferas, finais de semana inteiros gastos à frente da televisão ou dormindo, o cigarro, as bebidas alcoólicas, as drogas... enfim, tudo aquilo que possamos usar para nos tirar a atenção, nos tirar o foco.

Quais são as belas cafeteiras que estão nas nossas vidas? Enormes, belas, entusiasmantes, que são totalmente vazias? Somos capazes de ouvir nossas vozes relatando numa segunda feira para os colegas como foi o final de semana e perceber se houve algo realmente construtivo em nossas vidas? Algo que não tocou só nossos sentidos, mas nossa alma, nosso ser! Que foi proveitoso para nós mesmos e para aqueles que quisemos ou não beneficiar?

Hoje conversava no trabalho com um amigo sobre a depressão. Ele me diz que todos nós sofremos de depressão e que, em alguns casos, ela é mais forte, mais grave, causa danos maiores. Eu penso na depressão como as trevas. E o que são as trevas? As trevas são a ausência da luz. Nós somos a luz do mundo. Nós somos deuses, já disse o mestre. E aquele que acende uma luz é o primeiro a se iluminar.

Talvez o tratamento para depressão, como para a ociosidade, seja o mesmo que para tantos outros: amor. Amor por nós mesmos, amor pelos que nos cercam, pelos que nos querem bem e pelos que nos repudiam. Amor é o café que sacia mais que a beleza da cafeteira, é a luz que apaga qualquer escuridão. Amor é o movimento que nos leva a buscar o que é melhor para nós e para aqueles que nos cercam. Amor é a chave da salvação do mundo.

Busquemos em nós este amor. Vamos nos dar este amor, nos olhando com olhos de quem procura o bem e o enxergaremos na nossa alma. Vamos decidir as coisas não pelo seu preço ou forma, mas pelo bem que trará a nós e aos demais, sem prejudicar ninguém. E quando estivermos cheios de amor, seremos belos pela essência, e a aparência seguirá!

É hora de focar nos objetivos, na nossa vida, nas melhorias que temos que levar à nós mesmos e ao jeito que convivemos com os demais. É hora de deixar nossas ocupações vazias de tempo integral e relega-las ao que elas são: passatempos, não nossa vida.

Como já disse André Luiz: “quando o trabalhador trabalha com alegria, o trabalho se torna a alegria do trabalhador”. Busquemos alegria e amor e, como Jesus dizia, “procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á!”.

Deus abençoe a todos,
Paulo Bomfim

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O conflito das dores





Há uma grande discussão circulando nas redes sociais iniciada com a sugestão de que o ex-presidente Lula deveria fazer o tratamento do seu recém diagnosticado tumor na laringe pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Enquanto os que fazem tal sugestão usam de ironia , já que o ex-presidente fará seu tratamento no hospital Sírio-Libanês, que é particular e de altíssimo nível, ao invés de usar os serviços que ele próprio criou durante sua gestão, há uma turma que não vê a menor graça ou sentido em fazer piada com o assunto, uma vez que se trata de uma doença séria e que atinge milhões de pessoas mundo afora, e muito provavelmente, pessoas dentro dos círculos de amizade e familiares dessa turma.


Essa discussão pode se estender por muito tempo e com muitos argumentos, sem que se chegue a uma conclusão, por um simples fato: duas coisas diferentes estão sendo medidas! E não há como somar ou subtrair coisas diferentes, pelo menos é assim que aprendemos desde o ensino fundamental (não se pode tirar laranjas de uma penca de bananas!).


É preciso fazer uma força pra se enxergar essa diferença, afinal, o que se está comparando? A resposta não pode ser outra: o que se compara são duas dores diferentes. Sim, dores! E eu explico:


De um lado está a dor dos que sofrem com o câncer, direta e indiretamente, que agonizam ou vêem agonizar seus amados, através da dor aguda que a doença causa, a ponto das medicações mais fortes serem o mesmo que água com açúcar. As complicações causadas pelo tratamento de quimioterapia ou radioterapia, que causam tanto mal-estar que podem levar o paciente à morte antes mesmo da doença. As cirurgias que se sujeitam, tendo às vezes partes do seu corpo ou órgãos mutilados para que se tenha chances de sobreviver. A dor, enfim, de ver aqueles que sofrem desse mal, muitas vezes, após anos de tratamento e luta, tombarem vencidos em seus leitos de morte.


Do outro lado, a dor daqueles que usam o sistema público de saúde, disponibilizado pelo governo, que na maioria das vezes é ineficaz, insuficiente para atender a todos, corrupto, que deixa milhares morrendo em corredores ou sem atendimento, em esperas intermináveis por vagas em leitos ou consultas, ou enterrados em labirintos burocráticos para conseguir algo que é de direito. Tendo sua vez desrespeitada porque alguém que conhece alguém dentro do sistema consegue ter prioridade no atendimento, pra citar só alguns dos problemas mais comuns.


Os que fazem a piada usam da arma mais comum às massas: a ironia! A ironia é um jeito de lidar com a própria dor, principalmente quando não há muito o que se fazer com ela. Essa impotência diante de um sistema de saúde tão precário não é muito diferente da impotência daqueles que sofrem com o câncer. São duas impotências, muito mais semelhantes do que as dores que carregam. E contra essas impotências as pessoas deveriam se unir.


A piada sobre a instituição que o ex presidente Lula deveria realizar seu tratamento é também um apelo. Um apelo de todos que necessitam de tratamento de saúde e utilizam serviço público. Um pedido para que aqueles que criam um serviço deveriam utilizá-lo, principalmente no setor público, para então conhecê-lo melhor. E eu concordo com isso.


Existe uma piada irônica sobre uma frase que não é, mas dizem ser de autoria do Bill Gates, dono da Microsoft, em que ele diz "Windows? Que Windows? Eu uso iOS (sistema operacional da maior concorrente da Microsoft, a Apple)". Enquanto uma frase dessas soa hilária, uma vez que só mesmo em piada isso seria possível, dentro do nosso sistema de gestão pública, isso é uma realidade. Políticos e seus familiares utilizam planos de saúde particular! 


Como isso pode ser aceito? Como o Lula que trabalhou 8 anos como presidente da República, que diz ser um homem simples do povo, , que tanto promoveu seu trabalho em campanha para eleger a atual presidente, que formou o sistema da saúde que atualmente é utilizado pela maioria dos cidadãos, usa um serviço particular?


Outro dia, na rádio Band News, o jornalista comentava uma experiência interessante que teve no Canadá, quando estava diante do ministério do transporte daquele país, junto a um amigo canadense, quando passou  por eles um senhor caminhando, vindo de um ônibus que havia parado ali perto, que os cumprimentou e entrou no prédio. Intrigado, o jornalista olhou para seu amigo e este respondeu: "este é nosso ministro dos transportes!".  Enquanto isso, nossos políticos se locomovem em carros luxuosos e helicópteros, pagos e mantidos com dinheiro público, isolados e acima dos serviços que eles disponibilizam para nós.


Esse tipo de atitude não é restrita a pessoas do PT. Gostaria de lembrar que o ex presidente Fernando Henrique Cardoso, após o fim do seu segundo mandato, foi morar na França. 


Como não se incomodar com esse descaso? Como não se sentir ofendido em ver esse tipo de tratamento especial para quem fornece um serviço tão ruim? E como não ver a palavra câncer sem se lembrar do sofrimento vivido por nós ou parentes?

Eu conheço essas dores. As duas. E gostaria de contar uma história para mostrar isso. Ela é longa e pessoal. É a história de meu pai, Laudelino da Silva, conhecido por muitos como o seu Lino.


Meu pai sempre tratou de todos os seus males (e não foram poucos) no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) de São Paulo. Porém, apesar de estar reclamando para médicos deste hospital desde julho de 2008 de dores na região abdominal, sequer um raio-x da região lhe foi solicitado.


Ele foi diagnosticado com um tumor no fígado não neste hospital mas num hospital do Estado, o Hospital do Grajaú, na zona sul de São Paulo. Apesar do diagnóstico ter ocorrido graças a um ultrassom em setembro de 2008, a gravidade da doença só pôde ser compreendida um mês depois, em meados de outubro, porque a máquina de ressonância magnética deste hospital permaneceu quebrada neste período e tivemos que pagar para fazê-la em um laboratório particular. 


Na última semana de outubro de 2008, dias antes de completar 70 anos de vida, após analisar os exames que havíamos feito, os médicos do HSPM, onde meu pai optou por receber tratamento, nos avisaram que não poderia mais ser feito nada, devido à agressividade e crescimento rápido do tumor, que dobrou de tamanho em um mês, e que seria uma questão de tempo, pouco tempo, até o fim da sua vida.


Meu pai, que possuía uma trajetória de vida que daria um livro valioso (e talvez algum dia eu escreva esse livro), havia sofrido muito em sua vida. Da infância pobre que teve, abandonado pela mãe, criado pelo pai alcóolatra e pela madrasta, que o castigava muito. Da inconstância nos trabalhos na adolescência, por sua imaturidade e falta de compromisso até o ingresso no serviço público, iniciado como lixeiro e aposentado como motorista da Secretaria Municipal de Transportes. Do casamento com minha mãe, mulher corajosa que o amou sempre, e sempre esteve ao seu lado, na alegria e nas muitas tristezas, como a morte de uma de minhas irmãs, com apenas 1 ano de idade, na saúde e nas muitas doenças, como o alcoolismo e o tabagismo, que após anos e anos de consumo o levaram a diversos males, como a uma trombose que quase o matou e lhe amputou uma das pernas, e a diabetes, que comprometeu sua recuperação nesse período e lhe amputou a segunda perna, tudo isso quando ele tinha apenas 56 anos de idade, poucos anos após ter se aposentado. 


Ele foi obrigado a abandonar a bebida e o cigarro. Esse último lhe causou um mal imenso devido à abstinência, que o fazia passar mal, sonhar e ficar irritado por muito tempo. A diabetes o acompanhou também, no começo descontrolada, fazendo com que ficasse estrábico por um tempo e passasse muita fome, pois estava altíssima e ele não podia comer além do necessário, para não causar um mal maior.


Mas estes problemas ficaram no passado. Quando começou a estudar o espiritismo e compreender e aceitar sua situação, meu pai não se sentiu mais uma vítima, mas alguém que tinha uma oportunidade nova pela frente. Livre do álcool e do cigarro, ele começou a trabalhar, ajudando deficientes físicos e seus parentes a conhecer seus direitos. Adaptou seu carro e ele mesmo o dirigia. Se uniu mais ainda à minha mãe e ambos começaram a trabalhar juntos, a mãe produzindo e ele vendendo chocolates, além de trabalhar como motorista particular, o que ele adorava. E sempre ajudando aqueles que o procuravam.


Ele continuou trabalhando mesmo depois que soube de sua doença. Na verdade, meu pai trabalhou até o dia 21 de dezembro de 2008, um domingo antes do natal, quando a dor finalmente o impediu de sair de casa. Naquela semana nós o vimos se transformar de um homem forte e robusto que era, para a figura esquálida de um paciente terminal. Passamos o natal juntos, toda a família, na sua casa. Nos despedimos todos, carinhosa e emocionadamente. No dia 28 de dezembro, apesar de sua insistência em ficar em casa, decidimos que não havia mais condições dignas de mantê-lo ali e o levamos para o HSPM, onde ele foi tratado adequadamente, como muitas outras vezes. 


O seu tipo de tumor, apesar de tantos males, lhe causou um bem: como seu fígado havia falido, seu sangue não era filtrado e antes que a dor pudesse ser tão grande, seu cérebro, como todos os seus órgãos, foi parando de funcionar e ele já não sentia mais dor.


Meu pai desencarnou no dia 2 de janeiro de 2009, às 20h, nos meus braços. Seu corpo foi enterrado no cemitério do Campo Grande, próximo aonde moro hoje, na tarde ensolarada do dia seguinte, acompanhado de todos os seus familiares e de diversos amigos e colegas, que muitas histórias boas tinham para se lembrar dele, e muito a agradecer.

Durante o período de descoberta da doença e tratamento, eu o acompanhei de perto, levando-o sempre que podia ao médico. Foi então que pude viver a tristeza de utilizar o sistema de saúde público, muitas vezes precário, e a alegria de encontrar muitas vezes médicos muito bons e atenciosos. A tristeza de ver meu pai sendo levado desta vida por uma doença terrível, e a alegria de ter me aproximado ainda mais dele, assim como toda minha família.


Eis porque eu digo que conheço ambas as dores. E não me incomodo com os comentários irônicos feitos para o ex presidente Lula pois entendo que a ironia é com o serviço de saúde, e não com o câncer. Aos que sofrem ou sofreram com o câncer e se ofenderam com a ironia, eu peço que reconsiderem, pois vocês não são o alvo dela. 


E aos que fazem ironias, eu espero que um dia possamos fazer mais do que usar subterfúgios! Que possamos tomar ações para transformar em realidade esses desejos escondidos por trás de nossos comentários irônicos.


Beijos e abraços a todos.
Paulo Bomfim

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Orgulho de ser

É muito comum o sentimento de orgulho que muitos sentem por "serem do jeito que são".

Mas há nessa afirmação um equívoco mais comum que a idéia em si: o equívoco de acreditar que somos o que fazemos, tomando o efeito pela causa.

Muitas das nossas atitudes são o reflexo de anos, séculos de aprendizado! E talvez aí se encontre a origem do engano: por agir ou pensar de certa forma por muito tempo, acaba-se por acreditar que esta seja a própria essência do ser, o que leva a um engôdo maior: o de acreditar que não é possível mudar.

Essa crença ganha força graças ao medo que a acompanha: o de deixar de existir. Sim, porque quando se acredita ser aquilo que se faz ou pensa, deixar de fazer ou pensar da mesma forma se torna deixar de existir! E o medo da não existência é o medo da morte, o medo do nada em que se pode mergulhar.

Essa postagem é um convite à auto análise e reflexão. Em quais momentos estamos nos orgulhando de ser? Em quais momentos acreditamos que nossos atos e idéias somos nós?

Questionar-se, permitir-se ver de uma nova forma, acreditar que a mudança é a única constante no universo e então ensaiar os primeiros passos numa direção nova, que seja melhor para nossas vidas. Quando menos percebermos, já estaremos voando em direção à felicidade.

Abraços a todos...
Paulo Bomfim

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Aproveitando ao máximo meu brinquedinho

Estou nesse momento que escrevo sentado no ônibus fretado quemi trás diariamente de Alphaville para casa. Nas mãos eu tenho o meu smartphone Milestone 2 com sistema operacional Android 2.2.
Já joguei alguns joguinhos, assisti a um vídeo muito interessante sobre um novo browser que a Amanzon está lançando e comecei a ver uma palestra muito inspiradora com Sergey Brin, um dos fundadores do Google.
Um turbilhão de idéias inundam meus pensamentos e imaginação, tentando visualizar o futuro que será criado por esses Da Vincis modernos. Precisava escrever algo e pensei no meu bom e velho blog, que anda meio esquecido. E não é que no Android Market eu achei um aplicativo do Blogger, grátis e pronto pra usar? Uau!!!
Provavelmente escreverei mais nele agora, nessas longas viagens que faço cotidianamente. Algumas coisas que venho refletindo muito logo estarão aqui.
Tomara!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A inocência dos obtusos





Édipo - Crês tu que assim continuarás a falar, sem conseqüências?
Tirésias - Certamente! Se é que a verdade tenha alguma força!
Édipo - Sim! Ela a tem, mas não em teu proveito! Em tua boca, ela já se mostra fraca. Teus ouvidos e tua consciência estão fechados, como teus olhos.
(Rei Édipo - Sófocles)


    É absurdo o discurso de políticos que se fazem alheios a responsabilidade que tem por abusos, extorsões, recebimento de propina, negociações com verbas públicas, pagamento de favores com dinheiro do povo, cometido por si próprios ou dentro das instituições que são responsáveis.


    Assisti agora de manhã uma entrevista com a candidata Dilma, a mulher mais modificada, mais construída, mais maquiada que uma campanha eleitoral já lançou, em que, diante das perguntas sobre os escândalos ocorridos na Casa Civil que ela própria comandou por muito tempo durante o governo Lula, a unica preocupação que ela demonstrava era o por que daqueles fatos serem ligados a ela, uma vez que não ela não os havia cometido.


    Ora, que dono de uma empresa não é chamado à responsabilidade quando seus funcionários agem de má fé? Que gerente não é responsável pelos funcionários de seu setor? Que trabalhador não tem que assumir a conseqüência de seus atos e responder por aquilo que lhe foi confiado? Um pai não é responsável pelos filhos que ainda não foram emancipados e residem sob seus cuidados?


    Se essa responsabilidade não cai diretamente sobre os ombros dos superiores, porque não foram eles a cometer tais atos, não deve cair pelo menos a responsabilidade por terem sido obtusos e alheios àquilo que deveriam cuidar e auditar para justamente não haver crimes ou irregularidades em sua seção? 


    No livro citado acima, Édipo se depara com os males que suas atitudes causaram, mesmo as inconscientes, e horrorizado com os males que disso advieram, não chama para si a indulgência apoiada na sua ignorância, se auto condena e pune, arrancando os próprios olhos. Essa auto punição levada ao extremo serve de figura para a seriedade que o rei tinha e o senso responsabilidade que sua posição exigia, a ponto de abrir mão do próprio conforto e bem estar para receber a punição pela conseqüência de seus atos. 


    Na vida real, não há necessidade de tamanha punição. Entretanto, se faz cada vez maior a necessidade de consciência da população e dos governantes de trazer para si a responsabilidade pelos próprios atos e daqueles que estão sob seus cuidados, submetendo-se não aos rigores dos castigos físicos, mas aos rigores da lei.


    Enquanto houver cidadãos pagando propinas para burlar suas faltas, buscando meios ilegais de conseguir benefícios e não assumindo seus deveres ante a lei, como vamos esperar que os governantes hajam de forma diferente? Porque os governantes são um reflexo do povo, e não o contrário como se imagina.


    Sejamos justos. Sejamos corretos. Tenhamos nós autoridade moral para cobrar daqueles que devem governar a nação e transformá-la cada vez mais numa pátria de justiça e bondade.


Abraços a todos.
Paulo Bomfim

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Conhecer para fazer direito



Amigos,

Estamos na era da informação. Quando queremos comprar um carro, uma casa, uma TV ou um telefone celular, lançamos mão de todos os recursos existentes para obter informações sobre as opções disponíveis e quais dentre elas possuem a melhor relação custo/benefício. E depois de tanto pesquisar e barganhar, finalmente escolhemos o que achamos de melhor, mas com uma consciência a respeito.

Vamos usar a informação não só a nosso favor, mas a favor da nossa nação, em prol de uma vida melhor para cada cidadão desse nosso imenso e amado país.

Mais importante do que bens de consumo, é o bem estar da nação. Não podemos continuar achando que o conforto e tranquilidade que apenas uma pequena parcela da população desfruta se manterá enquanto o resto do país perece com falta de educação, moradia, saúde e alimentação.

Me lembro do comentário recente de um cinegrafista amador, morador de um prédio de alto padrão que filmou o tiroteio que houve num hotel de luxo no Rio de Janeiro: “Pago o IPTU mais caro do Brasil e tenho que agüentar isso!”. Sim, porque só pagar impostos não basta, nós temos que fazer mais!

E a chance de agir chega até nós agora, no dia 3 de outubro, data que escolheremos o novo Presidente da República e Governador do Estado, entre outros.

Ante essa nova “aquisição” de governantes, necessitamos nos informar o máximo possível e ir além daquilo que mostram à nós. A propaganda eleitoral é a propaganda que um fabricante faz sobre um produto que vende, pintando-os e mostrando esses candidatos com o verniz mais brilhante. Não devemos somente acreditar na propaganda eleitoral, mas sim perguntar para aqueles que já elegeram, que já acompanharam o mandato, que já conhecem, vermos se há muitas reclamações, multas ou processos, aquilo que fazem e já fizeram e aí sim damos crédito ou não ao candidato.

Para isso, há diversos sites idôneos que nos ajudam a conhecer melhor a política e os políticos. E às vésperas de uma eleição tão grande e de tamanha importância, nada melhor do que usar o voto, essa nossa ferramenta por direito em favor da democracia, da forma mais consciente que pudermos.

Acessem, divulguem, aumentem a lista!

Projeto Excelências: http://www.excelencias.org.br/
ABRACCI (Associação Brasileira Contra Corrupção e Impunidade): http://abracci.ning.com/
Responsabilidade Social Empresarial: http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/Default.aspx

Sites para denúncias
Ministério Público Federal: http://www.pgr.mpf.gov.br/
Tribunal Superior Eleitoral: http://www.tse.gov.br
Site de Denuncias da Controladoria Geral da União: http://www.cgu.gov.br/Denuncias/

Abraços a todos,
Paulo Bomfim